segunda-feira, 30 de março de 2009

A nossa história


História e formação


Periféricos na Central do Brasil. 2003
O grupo Imaginário Periférico se caracteriza como meio artístico natural do Rio de Janeiro. Não se prende a escolas, não distingue tendências e se libertou das galerias confinantes.A proposta dos integrantes do Imaginário Periférico coloca em questão o "Meio da Arte carioca", discute se existe realmente um ponto geográfico determinante para que a arte contemporânea aconteça espontaneamente, amplia para a periferia o cenário da produção artística, atualmente centralizada e monopolizada por curadores, instituições e marchands. A origem e as relações criaram estreitos vínculos que, independente da carreira profissional que cada artista desenvolve, busca inserir a discussão no contexto amplo da arte.O grupo, originalmente formado pelos artistas Deneir de Souza, Jorge Duarte, Julio Sekiguchi, Raimundo Rodrigues, Ronald Duarte e Roberto Tavares, têm forte ligação com a baixada, dando ênfase às propostas inovadoras, originais e oriundas de localidades da periferia do Rio, onde diversas pesquisas são desenvolvidas, potencializando a riqueza cultural característica da formação do Rio de Janeiro. Idealizado de início para exposições itinerantes no SESC, o Imaginário Periférico cresceu e incorporou artistas com e sem formação acadêmica, cujas obras se realizam em pinturas, esculturas, poesia, objetos, instalações, música, performances e materiais diversos tanto quanto são diversas as concepções que esses artistas têm do seu ofício.O Imaginário Periférico adota uma forma de organização em rede, descentralizada, nômade, não se deixando capturar pelas esferas de controle. Permiti-se estar em qualquer lugar dentro e fora da baixada fluminense. O grupo não tem curadoria, cada artista intui sua experimentação e observação na coleta de materiais cuja manipulação dá margem a novas leituras. Totalmente plural, democrático, aberto, vem atraindo pessoas ativistas que por iniciativa própria vão dando excelente contribuição imaginária. A arte tem o prazer de estar nas ruas, com o povo, se multiplicando e fazendo do artista um operário em busca do reconhecimento do seu trabalho. Alguns dos artistas que participam destas exposições possuem e desenvolvem uma carreira artística com grande reconhecimento profissional nos meios tradicionais.O movimento cresce bastante e hoje somos mais de 485 artistas de vários lugares do Estado e do Brasil. A diversidade de seus trabalhos comprova que a multiplicidade dos meios e dos processos característicos do mundo contemporâneo é um terreno fértil onde a criatividade pode se manifestar.